
Viçosa, onde moro já há 8 anos, é uma cidade universitária que vive em decorrência da UFV. Vivo, já há 8 anos, no meio acadêmico, no qual o conhecimento e a razão nos leva a extremos dos valores e princípios. Constantemente, vejo os estudantes se tornando produto do meio, alterando suas vidas, padrões comportamentais, sociais e espirituais.
É triste ver pessoas abandonarem a fé. Um somatório de coisas acaba fazendo isso com muitos estudantes cristãos que vêm estudar aqui. Vou me ater a um ponto que, particularmente, mais me incomoda: Muitos se envolvem tanto com o conhecimento científico, professores agnósticos e ateus, e toda uma cultura acadêmica, que chegam a uma proposição: “fé e razão são incompatíveis”.
Eu acho estranha essa frase e sempre torci o nariz quando vi alguém tentando definir qual das duas (fé ou razão) é mais importante. Acompanhando essa questão, vêm outras que, comumente, as pessoas dizem ser coisas contraditórias, como “ciência e religião” e “criacionismo e evolucionismo”. Daí, para perguntas como “Deus existe?”, “a bíblia é uma verdade?”, “se Deus é bom, porque coisas ruins acontecem?”, dentre outras, é só um pulo. Vejo-me cercado por essas indagações e questionamentos, mas, particularmente, nunca me deixei abalar por nenhum desses questionamentos ou achei contraditórias nenhuma dessas coisas.
Vi, há algum tempo, um pregador salientar algo muito peculiar sobre o primeiro versículo do capítulo 14 dos Salmos. “Disse o tolo em seu coração: Não há Deus.” (Sl 14.1a). Veja que a existência não se dá em nossas mentes ou pela razão, mas pelo coração, pelo sentimento, sentidos e vivências. Isso não quer dizer, de forma nenhuma, que a razão não é necessária para a espiritualidade. Meu pai me enviou um estudo recentemente, com uma frase muito interessante de John Wesley:
“Este é um princípio fundamental: quem renuncia à razão, renuncia à religião; a religião e a razão andam de mãos dadas; toda a religião irracional é religião falsa”. (Obras de Wesley, XIV,254)
Tenho passado na minha igreja muitos vídeos de apologética (que eu gosto de definir como a razão da fé). Creio que, muitas vezes, estamos despreparados para justificarmos os porquês da nossa fé, encontrando-nos num beco sem saída quando nos deparamos com os questionamentos que citei. Esse beco sem saída pode nos levar à perda e/ou abandono da fé, à indiferença quanto às reais justificativas nos tornando fanáticos/emocionalistas/extremistas ou pode, ainda (e eu espero que se você se encaixe aqui), nos levar a uma busca racional, teológica e espiritual que aumente ainda mais a nossa fé.
O estudo que meu pai enviou trazia, ainda, duas máximas:
Fé sem razão é emocionalismo artificial!
Fé sem emoção é intelectualismo vazio!
Diante disso, deixo essa reflexão com você, amigo leitor, pautado pelo bom conselho de Pedro:
“Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” 1 Pedro 3:15
Graça e Paz!!
Ronan Valverde Medeiros
Sou químico, e não, eu não sei fazer uma bomba, nem tenho porque saber. Meu nome é Ronan Valverde Medeiros, moro em Viçosa-MG, mas estou sempre em Vitória-ES.
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